Violência contra a mulher: até quando?
A emancipação da mulher, a conquista da total igualdade dos sexos é essencial para o progresso humano e a transformação
da sociedade. A desigualdade retarda não só o avanço da mulher, mas o progresso da própria civilização. A persistente negação da
igualdade para metade da população do mundo é uma afronta à dignidade humana, e promove atitudes e hábitos destrutivos em
homens e mulheres que passam pela família, local de trabalho, vida política e, em última análise, para as esferas das relações
internacionais. Não existe nenhuma base moral, biológica ou tradicional que justifique a desigualdade. O clima moral e psicológico
necessário para capacitar nossa nação a estabelecer a justiça social e contribuir para a paz global será somente criado quando as
mulheres alcançarem completa parceria com os homens em todos os empreendimentos.
A sistemática opressão da mulher é um fato conspícuo e trágico da história. Restritas às estreitas esferas de atividade na vida
da sociedade, as mulheres tem as suas oportunidades de educação e direitos humanos básicos negados, sujeitas à violência, são
freqüentemente tratadas com desprezo e acabam por não compreender seu potencial verdadeiro. Velhos padrões de submissão
refletidos na cultura popular, na literatura, na arte, na política, continuam a impregnar todos os aspectos da vida.
A despeito do avanço dos direitos políticos e civis das mulheres no Brasil, muito ainda necessita ser feito para a elevação da
condição da mulher em nosso país. Este panorama de desigualdades e excesso de poder dos homens gera, conseqüentemente, casos de
violência doméstica contra a mulher.
No Brasil de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo
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cerca de uma em cada cinco brasileiras (19%)
declara espontaneamente ter sofrido algum tipo de violência por parte de algum homem. Na maioria dos casos, o autor das agressões
são maridos ou companheiros que desrespeitam e violam os direitos humanos de suas esposas e companheiras
A violência doméstica não têm distinção de cor, classe social ou de idade. Atinge não só as mulheres, mas seus filhos,
famílias e os próprios agressores. É uma das piores formas de violação dos direitos humanos de mulheres e meninas uma vez que
extirpa os seus direitos de desfrutar das liberdades fundamentais, afetando a sua dignidade e auto-estima.
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