terça-feira, novembro 29

Registros de violência contra a mulher crescem 47% em um ano Atendimentos no Centro de Referência da Mulher em 2011 chegam à marca de 883 casos

Os casos de violência contra a mulher em Araraquara já chegam a 883 em 2011. O número é 47% maior que em 2010, que teve 598 ocorrências.


As informações têm como base os atendimentos realizados entre janeiro e outubro deste ano pelo Centro de Referência da Mulher Heleieth Saffioti, comparados ao mesmo período do ano passado.


A comparação com 2009 revela um dado ainda mais expressivo: com 420 registros naquele ano, o Centro Heleieth Saffioti dobrou a quantidade de atendimentos em dois anos.


Além disso, no primeiro semestre deste ano, foram 32 flagrantes, 140 inquéritos policiais, 1,4 mil boletins de ocorrência e 65 medidas preventivas envolvendo violência doméstica.


Valéria Brogna, coordenadora executiva de Políticas Públicas para as mulheres da Prefeitura de Araraquara, afirma que o crescimento das ocorrências tem a ver com o fato de as mulheres estarem buscando ajuda para sair das situações de violências por se sentirem mais amparadas.


"O Município conta com centros de apoio às mulheres, delegacia direcionada a elas, além de fazer parte do projeto 100 Cittá, que reúne cem cidades do Brasil mais municípios da União Europeia com o objetivo de capacitar as mulheres e encaminhá-las ao mercado de trabalho por meio de uma parceria com a fábrica Lupo. Deste modo, as mulheres ganham sua independência financeira", conta Valéria.




Para a delegada Meirelene de Castro, da Delegacia de Defesa da Mulher, a violência sempre existiu, mas as denúncias vêm crescendo ao longo dos anos devido à divulgação.


"Desde 2006, quando a Lei Maria da Penha [que pune quem comete violência contra a mulher] foi aprovada, o número de vítimas que buscaram a delegacia e o Disque Informação tem aumentado muito, pois junto a ela cresceu o acesso à informação", diz a delegada.


Ela também disse que a abordagem do assunto em novelas, por exemplo, tem ajudado as mulheres a terem ciência de seus direitos.


Denúncia


O número 180 recebe denúncias de casos de violência doméstica e familiar. Não é necessário se identificar.



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